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“Os antagonismos irresolvidos da realidade retornam nas obras de arte como problemas iminentes da sua forma.”

 

A partir da epígrafe de Adorno, a obra “Óculos Escuros” faz uma reflexão sobre a sociedade contemporânea nas grandes cidades. Apesar do tumulto e do excesso de pessoas nos grandes centros, o vazio existencial permeia a vida de muitos, que se enxergam isolados no meio da multidão. Como característica social, as pessoas habituaram-se a usar as negras lentes que dão título à obra. Servindo mais para esconder as características humanas do que para a proteção contra a iluminação solar, os óculos escuros funcionam como a metáfora social da distopia contada. Por este escopo, a obra narra a história de um homem desconhecido – e não apresentado –, que por retirar os seus óculos escuros consegue enxergar as pessoas no meio de um centro urbano. A partir de tal visão é narrado o dia a dia das seis primeiras pessoas que o homem sem óculos enxerga, mostrando o que levou ao – literal e metafórico – uso dos óculos escuros naquele dia. Neste contexto, o livro mostra as histórias contadas de uma forma interligada e surpreendente, já que, apesar do aparente isolamento das cidades – e das pessoas através da impessoalidade dos óculos escuros – há como imperativo social o relacionamento entre os seres. Como característica estilística, “Óculos Escuros” alterna sutilmente as narrações entre terceira pessoa e primeira pessoa, provocando uma escalada de suspense à medida que as histórias se cruzam e a curiosidade de saber sobre o sétimo personagem da história, ou seja, o narrador sem óculos escuros. Mistério este só revelado ao final da obra, (re)significando toda a leitura.

PDF- Óculos Escuros

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